COMO A EQUIPE PREPARA UMA MISSA?
3. Os sérvios
de Cânticos Litúrgicos (Continuação
do item “Seguir critérios litúrgicos na escolha dos cânticos”.)
4.
Preparação das oferendas: O cântico do ofertório acompanha a procissão das oferendas
e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar.
As letras dos cânticos geralmente fazem referência ao pão e ao vinho trazidos.
Falam também da oferta da própria vida, do que se faz para construir uma
comunidade ou uma saciedade de acordo com os princípios do Evangelho. O cântico
pode também fazer referência aos sofrimentos e alegrias, aos sucessos e
fracassos, à ação de graças e à partilha. Mas não perder de vida que a grande
oferta que fazemos é a de Jesus ao Pai, para nossa redenção.
5.
Cântico de Comunhão: Esse cântico deve exprimir, pela unidade das vozes, a
união espiritual dos comungantes. Demonstra a alegria dos corações e realça
mais a índole “comunitária” da procissão para receber a Eucaristia. Deve ser
prolongado enquanto se ministra a Sagrada Comunhão aos fiéis. Quem comunga
entra em íntima união com Deus, com os irmãos e irmãs e com a natureza.
Cânticos que falam da permanência em Deus, como os ramos ligados à videira,
recebendo a seiva divina, produzindo frutos. Cânticos que falam do compromisso
com a comunidade, com a Igreja e com a missão.
6.
Cântico de ação de graças: Toda Eucaristia é ação de graças. Entretanto, após a
Comunhão, gostamos de manifestar a Deus nossa gratidão. Isso pode ser feito em
silêncio, em oração de intimidade, mas também através de um cântico. Pode ser
um salmo ou um hino próprio para esse momento.
7.
Cântico final: Após a bênção dada pelo sacerdote, os fiéis saem e voltam para
suas casas, para seus afazeres. Dizem que terminada a Missa começa a missão, ou
seja, cada batizado vai em direção ao mundo para levar a vida, o Evangelho, ser
fermento na massa, ser luz do mundo, ser sal da terra. Geralmente os cânticos
de encerramento da Eucaristia falam desses temas e propõem essas atitudes. Há
outras possibilidades como cânticos marianos que suplicam, por intercessão da
Mãe de Deus, a graça da perseverança ou sua guia nos caminhos da vida. Pode
haver, também, cântico em louvor ao santo ou à santa cuja memória foi
celebrada.
C. Cânticos dos textos ordinários da Missa
ou “partes fixas”:
O
que se entende por textos do ordinário da Missa ou partes fixas? São os textos
que aparecem no ritual de todas ou de quase todas as celebrações eucarísticas: Ato Penitencial, Glória, Credo, Santo e
Cordeiro de Deus. Nas Missas mais festivas é até recomendável que sejam
cantados.
Mas
atenção: Uma recomendação da Igreja é que esses cânticos tenham como letra o
texto oficial do Missal Romano, ou seja, não é lícito substituir esses cânticos
por outro parecido. Por exemplo: substituir o cântico oficial do Glória por um outro só porque fala do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
É
louvável quando uma comunidade consegue ter um grupo de cantores capazes de
apresentar em cada domingo ou solenidade cânticos que tenham como letra as Antífonas do Missal apropriadas para
cada Missa. As antífonas de nas são pequenos pensamentos com mensagem ou
oração, bem ligadas ao tema do dia. Uma no início da celebração e outra antes
ou após a Comunhão. Veja as Antífonas na
Missa de Natal (Dia):
a)
Entrada: “um menino nasceu para nós: um
filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado
‘Mensageiro do Conselho de Deus’”.
b)
Comunhão: “O mundo inteiro ouviu o
Salvador que nos foi enviado por Deus”.
D. Conselhos úteis referentes aos cânticos:
*
A música é extremamente importante nas celebrações litúrgicas e nas cerimônias
religiosas. Trata-se de um serviço que exige uma certa técnica, isto é, os
componentes da equipe de pastoral do canto precisam saber cantar e/ou tocar
bem. As músicas sacras e os cantores sacros não podem seguir o padrão de
“certos cantores profanos”.
*
O coordenador da equipe de música do grupo encarregado dos cânticos litúrgicos
tem que ter pulso firme para não deixar que haja contaminação de perigosas
influências externas. Os participantes devem ser elementos da comunidade e não
pessoas sem postura e nem compostura que, pelo fato de saberem cantar em
ambientes profanos pensam que por isso são aptos para cantar também na igreja.
É preciso distinguir bem as duas realidades. “A Missa não é palco onde se
apresentam shows.”
*
A Igreja Católica tem cânticos maravilhosos! Alguns são antigos, mas a música
não envelhece; outros são modernos, mas todos muito bonitos. O Coral, além de
poder proporcionar uma maior qualidade do cântico, deve ter também a finalidade
de ensinar a assembleia a cantar. Quando nas celebrações sempre e somente o
coral canta, perde-se a oportunidade de proporcionar aos fiéis a aprendizagem
das músicas e, por conseguinte, de favorecer-lhes um excelente meio de ativa
participação.
*
Para que todos cantem, os cânticos não devem ser trocados constantemente. Se em
cada domingo os cânticos são novos e desconhecidos, a assembleia não participa,
pois não dá tempo para aprender. Os fiéis passam a ser simples expectadores e
não participantes.
*
A pastoral do canto e da música litúrgica exige muito dos participantes.
Precisam reunir-se muitas vezes: para planejar e distribuir as tarefas; para
ensaiar com o grupo e depois com o povo; para providenciar cópias para os
fiéis, para acompanhar a vida da Igreja; para preparar bem, sobretudo, as
celebrações mais importantes do ano.
(Continuaremos o assunto no próximo número.)
Clodoaldo Montoro
Publicado na Liturgia Diária “Deus Conosco” do mês de
março de 2013.
Um comentário:
Muito interessante suas postagens
Voltarei sempre, pois gostei
Parabéns
Aguardo sua visita
Que Deus nos abençoe
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