quinta-feira, 20 de junho de 2013

Equipes de Liturgia – Parte 8

Antes de começar, deixe-me agradecer!

Com esta publicação, estou terminando de publicar esta série de formações sobre a Equipe de Liturgia! Espero que de alguma maneira possa ter contribuído para a formação e o aperfeiçoamento de vocês. Sei que não sei muita coisa e nem sou especialista no assunto, mas com toda boa vontade e tentando melhorar sempre este caminho de evangelização (nosso blog) fiz estas publicações! Você pode reparar que em algumas delas eu não fiz comentários, pois não tinha, mesmo que algum conhecimento para dizer algo de instrutivo; mas os que fiz comentário foi no intuito de transmitir a experiência que adquiri ao longo destes anos ajudando nas Missas.

Fiquem com Deus e aqui está a última parte desta série de formações! E peço que se tiverem alguma sugestão de formações sobre liturgia, me digam para eu poder pesquisar e quem sabe publicar aqui!

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 Estamos para encerrar esta série de informações e orientações para a constituição de uma Equipe de Liturgia na paróquia ou comunidade. Como dissemos no início, não tínhamos a pretensão de esgotar o assunto. Procuramos responder dúvidas, atendendo sugestões de vários dos nossos leitores.
Para encerrar, vamos indicar alguns textos básicos da Igreja sobre o assunto.

1. CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCÍLIUM

Há 50 anos o Concílio Vaticano II promoveu uma reforma da Liturgia da Igreja, promulgando um documento que se chama Sacrosanctum Concílium. Essa reforma começou a ser implantada, mas ainda há muita coisa a ser feita, não está acabada. Por isso, vale a pena conhecer esse texto, principalmente aqueles que desejam realizar trabalhos pastorais de serviço à Igreja.

Recordamos principalmente os dois primeiros capítulos que estão mais ligados como o nosso objetivo de fornecer subsídios para os trabalhos de uma Equipe Litúrgica nas paróquias.

Capítulo 1º: Os princípios da Reforma Litúrgica

* A natureza e a importância da Liturgia na vida da Igreja

Esta primeira abordagem se desenvolve em oito itens, a saber: 1) A obra da Salvação; 2) A continuidade da Salvação na Igreja, por meio da Liturgia; 3) A presença de Cristo na Ação Litúrgica; 4) A Liturgia terrena e a Liturgia celeste; 5) A Leitura como fonte e ponto alto da vida da Igreja; 6) Na Ação Litúrgica, que o coração acompanhe as palavras; 7) Liturgia e oração pessoal; 8) Outras práticas de piedade dos cristãos.
Da para perceber que, só este elenco com oito temas, já é um verdadeiro curso básico de teologia litúrgica.

* A formação e a participação ativa na Liturgia

A formação litúrgica, em diversos níveis (dos sacerdotes e dos leigos) precisa ser cuidada com profundo esmero, para que facilite a eficácia de salvação da Liturgia, pois ela supõe consciência e participação ativa. Quando a Ação Litúrgica é desenvolvida, tornam parte os mistérios e o povo fiel, em virtude do sacerdócio comum de todos os batizados.

* A reforma Litúrgica

Os Bispos no Concílio encaminharam a Reforma Litúrgica já delineando uma série de normas: a) normas gerais; b) normas tiradas da índole hierárquica e comunitária da Liturgia; c) normas didáticas e pastorais; d) normas provenientes da mentalidade e tradição dos povos.

* O incentivo da vida litúrgica na diocese e na paróquia

A Igreja é Católica, isto é, ela se estende por todo o planeta, é muito ampla. Por isso, é muito importante que a reforma conte com o engajamento efetivo dos seus sacerdotes: O Bispo Diocesano, os Padres e os Diáconos. Por outro lado, eles são os responsáveis e guardiões pela implantação da renovação, de acordo com o desejo expresso no Concílio.

* A promoção da ação pastoral litúrgica

Na Igreja tudo é pastoral, ou seja, o povo de Deus, como um rebanho, caminha guiado por seus pastores, e caminhando vai agregando outras ovelhas que antes não faziam parte da grei. Diversas ações são organizadas e mantidas em operação. Dentre elas, a pastoral litúrgica ocupa lugar de destaque. Por isso é necessária a formação e a constituição de equipes e comissões. Pelo menos, esse foi um desejo expresso pelo Concílio.

Outros capítulos também merecem ser lidos: Vejam os títulos: Capítulo 2º: O Mistério da Eucaristia; Capítulo 3º: Os demais Sacramentos e os Sacramentais; Capítulo 4º: O Ofício Divino; Capítulo 5º: O Ano Litúrgico; Capítulo 6º: A Música Litúrgica; Capítulo 7º: A Arte Sacra e as Alfaias Litúrgicas.

2. INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO

Outro conjunto de material importante é o IGMR. Sua Paróquia ou comunidade deve possuir para uso os “livros litúrgicos”, ou seja, o “Missal” e os “Lecionários”. É realmente útil ler com atenção as “instruções” oficiais que estão logo no inicio desses livros. São textos normativos e orientativos.

A Editora Vozes, para facilitar, publicou um livro à parte contento o texto dessa Introdução Geral. Os leigos e membros das equipes que desejarem tomar conhecimento de tudo o que diz a respeito aos aspectos funcionais da celebração da Eucaristia, podem adquirir esse livro. Assim, para ler as Instruções, não precisará levar para casa os grandes livros de Missa que, normalmente, devem ficar na Sacristia.

3. DOCUMENTOS DA CNBB SOBRE PASTORAL LITÚRGICA

A Conferência dos Bispos do Brasil – CNBB, editou entre seus documentos alguns que tratam especificamente da Pastoral Litúrgica. Um deles, muito interessante e que vale a pena ser lido por todos os que desejam trabalhar nesse ramo de apostolado, é o de nº 43 –Animação da Vida Litúrgica no Brasil.

Esse documento foi fruto da 27ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em 1989. Ele está estruturado em duas partes. A primeira relata como foi a caminhada da Liturgia no Brasil depois de promulgada a Reforma Litúrgica no Concíclio Vaticano II, em 1963, com a Constituição Sacrosanctum Concilium. Depois de um balanço feito a partir de uma pesquisa de avaliação, realizada em todo o território nacional, os Bispos aprovaram esse documento reforçando orientações pastorais sobre a Liturgia Geral. A segunda parte continua apresentando mais orientações, mas agora de uma maneira mais prática, mais detalhada, focando mais a Celebração da Eucaristia.

Podemos dizer que esse documento segue um médoto tradicional da Igreja no Brasil: VER (Reforma proposta pelo Concíclio, como foi sua implantação e como esteve funcionando naqueles 20 anos – de 1965 a 1985). JULGAR (Exposição do Ministério da Salvação). AGIR (Orientações Pastorais sobre a Celebração da Eucaristia no Brasil).

Clodoaldo Montoro
Publicado na Liturgia Diária “Deus Conosco” do mês de junho de 2013.

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