Este texto foi publicado esta semana no blog Poesia Católica do meu amigo Junior Diniz!
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PADRE?!...
Hoje
em dia, o que leva um jovem a querer ser Padre?! Que desejos motivam um
jovem a ser Padre?! Amor a Deus! Amor ao próximo! Querer se doar sem
medias e sem pensar no amanhã e no que vai ser do seu futuro enquanto
homem!
São
tantos os jovens, até mesmo que vemos que não tem vocação alguma ao
sacerdócio pois não sabem guardar a castidade, não sabem viver sem os
vícios que o mundo apresenta, não viver sem uma mulher e dizem: “Eu
sonho em ser Padre!”
Hoje
em dia ouço muitos falarem, e eu mesmo confesso aqui que falo que o
sacerdócio é a profissão do momento onde vemos tantos padres com carros
caros, roupas e paramentos deslumbrantes que chamam a atenção de todos
quando estão no altar, Padres que moram em casas grandiosas e caras e
que tem uma fonte de renda fora da Igreja.
São
poucos, e eu digo que se conheço dois ou três que realmente eu olho e
digo: “Esse é Padre por amor a Deus mesmo!” que dedicam suas vidas
completamente ao serviço de Deus e à salvação das almas pecadoras, como
está que está escrevendo este texto.
Me
incomoda tanto quando um irmão, uma irmã em Cristo vira para mim e diz
que tenho cara de Padre; porque fico pensando: “O que está querendo
dizer com isso?”. Com tantos maus exemplos que tenho visto no meu
caminhar, logo penso: “Será que está jogando um indireta, achando que eu
compactuo com esse tipo de vida errada que alguns vivem?” ou será que
na verdade dizem que eu transmito alguma coisa de boa e que deveria
estar investindo este possível talento no serviço de Deus?
O
sacerdócio é a “missão que o Senhor confiou aos pastores de seu povo é
um verdadeiro serviço.” (cf. CIC 1551). Pois a tarefa do sacerdócio
ministerial (Padre) não é apenas representar Cristo – Cabeça da Igreja –
diante da assembleia dos fiéis: ele age também em nome de toda a Igreja
quando apresenta a Deus a oração da Igreja e sobretudo quando oferece o
sacrifício eucarístico. (cf. CIC 1552).
Então
eu me questiono: “Porque que o Padre sabendo disso tudo se deixa
desviar do caminho pelas satisfações temporais desta terra?”. Sabe,
muitos criticam, muitos apontam o dedo e falam coisas que não devem; e
eu fui um que fiz isso e na minha inconsciência ainda faço em algumas
ocasiões, mas me dá orgulho quando vejo que um homem não consegue lutar
contra esta torrente de maus exemplos e abandona o Sacerdócio por não
querer compactuar com essa vida.
E
me orgulho ainda mais, quando vejo, e esses sim não tenho dedos nas
mãos para contar o número de jovens e homens que querem abraçar o
sacerdócio por amor, por querer lutar contra tudo de ruim que aparece na
vida de seminarista e na vida de vocacionado de Deus para fazer a
diferença, construir um mundo melhor e mais santo para que pecadores
como eu tenham fé e confiança em Deus.
Deus
abençoe estes jovens do Senhor para que sejam sal e luz no mundo de
hoje e ilumine a vida de vários “Rodrigos” que estão buscando bons
exemplos de cristãos e de Padres para dizer que sou feliz por ser
católico! E não desanimem meus filhos, porque vocês mais do que ninguém
sabem dos desafios e dificuldades que encontram neste caminhar de
santificação que é o sacerdócio.
Agora
só me resta pedir desculpas pelo desabafo e pedir a quem se indignou
com minhas palavras, que me desculpem! São só sentimentos de um pobre
pecador que está caminhando para aprender com seus erros e com a Igreja.
Um comentário:
Rodrigo... Graça e Paz! Primeiro espero que tenha tido um ótimo início de ano. Em segundo lugar quero agradecer pelo convite a conhecer seu novo blog! Em terceiro quero comentar a postagem sobre a vocação ministerial. apesar de ter um pensamento diferente, não querendo entrar em questão, realmente não é fácil atender e seguir o chamado para se dedicar a Cristo e sua obra. Muitos são os empecilhos, inclusive maus exemplos mas, o alvo deve permanecer. Como diz a Bíblia terminar a carreira e guardar a fé, isso aguarda e deve ser o propósito do cristão!
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