Estes
dias organizando meus escritos para a Missa com Crianças e meus slides que faço
para serem utilizados nestas Missas, me deparei com um texto bíblico muito
interessante que dizia: “‘Eu sou de Pedro’; ou: ‘Eu sou de Apolo’; ou ‘Eu sou
de Cefas’; ou ‘Eu sou de Cristo!’ Será que Cristo está dividido?”.[1]
que me fez refletir muito sobre tudo isso que está acontecendo na minha vida e
no meu caminhar dentro da Igreja!
Por
que por várias e inúmeras vezes eu dizia: “Eu sou Carmelita” fechando os olhos para a
vontade de Deus por orgulho, por vaidade ou por ignorância mesmo! E quantas
vezes em meu caminhar ouço outras pessoas também falarem: “Eu sou Franciscano”; “Eu sou Carmelita”; Eu sou Mercedário”; Eu sou Diocesano”... E
se esquecem de dizer: “Eu sou de Cristo”!
E
logo me veio em mente dois Santos, na verdade três Santos da nossa Igreja que
me fizeram avaliar e muito minha posição a este respeito!
O
primeiro foi Santo Antônio de Pádua que era Agostiniano, segundo suas fontes
franciscanas nos revelam, e acredito eu amava a espiritualidade que havia
abraçado e era muito feliz naquela Ordem Religiosa, mas atendendo a um apelo
interior do Espírito Santo se entregou a uma nova aventura amorosa junto aos
filhos de Francisco de Assis e hoje é o grande Santo que nós conhecemos.
A
segunda foi Santa Faustina, a apóstola da Misericórdia! Como essa santa mulher
e esposa de Cristo se entregou ao seu apostolado! Ela mesma relata em seu
Diário que desejava abandonar as Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia,
Congregação Religiosa a que fez parte para buscar um lugar onde pudesse ter uma
vida de oração mais intensa! Se ela tivesse negado o pedido de Jesus Misericordioso
que dizia “Tu Me infligirás tamanha dor, se saíres desta Congregação! Chamei-te
para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti.”[2] Imaginem
agora se ela tivesse negligenciado o apelo do próprio Jesus; nós não teríamos
hoje a festa da Misericórdia e esta devoção lindíssima! Ou melhor, até
teríamos, pois Deus realiza Sua obra mesmo que tenha que utilizar outros
caminhos devido a nossa fraqueza humana, só olharmos lá para o começo com Adão
e Eva![3]
E
o terceiro é nosso Beato João Paulo II que em um determinado ponto de sua vida,
desejou abandonar a vida de Sacerdote Diocesano e entrar para os Carmelitas e
viver uma vida mais reclusa e de oração aos moldes desta espiritualidade e
obediente à vontade de seu Bispo que naquele momento era a voz de Deus não
obteve a permissão e aceitou com alegria e resignação a recusa de seu pedido e
se tornou ao longo dos anos este Santo Padre que tanto amamos e veneramos até
os dias de hoje e que nos ensina muitas coisas boas!
Eu
poderia citar aqui vários exemplos de Santos, como: Santa Tereza de Jesus,
Santo Agostinho, Santa Rita de Cássia, Beata Tereza de Calcutá entre tantos
outros que estão no céu hoje por se negarem, se renegarem e anularem suas
vontades próprias diante de tanto trabalho, sofrimento santificante e
dificuldades impostas pelo mundo e terem feito a vontade de Deus em suas vidas!
Pense
nisso! Vamos ser como os Pedros, os Vinícius, os Edmares, Os Marcos, As
Conceições, As Claras, os Petersons, os Josimares, os Ivilins, os Juniors, as
Giselas e tantos outros que estão neste campo de batalha vivendo a fé e
confiando na vitória prometida por Deus!
Fiquem
com Deus e um abraço fraterno!
Um comentário:
Rodrigo,
Realmente o que você meditou é muito verdadeiro. Percebo que muitas pessoas se fecham dentro deste ou daquele carisma, mas o que importa mesmo é aprendermos a viver de verdade o amor fraterno. No Céu formaremos uma única família religiosa: a dos filhos de Deus. Temos o tempo desta vida para aprendermos isso.
Louvo a Deus pelo dom da sua vida.
Vinícius Paiva
Comunidade Católica Servos de Caná
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