COMO A EQUIPE PREPARA UMA MISSA?
1.
Comentarista ou animador da celebração
Entre
as pessoas que atuam na celebração, o comentarista ou animador tem um papel
importante. Pode ser alguém da Equipe Litúrgica ou outra pessoa,
criteriosamente escolhida. Deverá exercer essa tarefa, supondo-se que faça uma
adequada preparação.
O
que se espera de um bom comentarista ou animador?
Ele
deve dirigir aos presentes breves explicações e exortações, visando ajudar os
fiéis a entenderem as diversas partes e os principais conteúdos da celebração.
É conveniente que suas palavras sejam sóbrias e claras.
Ao
desempenhar sua função, o comentarista fica em pé, em lugar adequado, voltado
para os fiéis. Mas atenção, não deve utilizar o ambão.
É
de suma importância que ele leia pausadamente e com entonação; deve estar
trajado decentemente, mas sem ostentação. Pode ser que a Comunidade tenha até
vestes litúrgicas especiais para o animador. Antes do início da celebração,
convém verificar se o microfone está funcionando.
Momentos
de intervenção do comentarista:
A. Comentários iniciais: Informar o que a Igreja está celebrando, ou seja,
que solenidade? Que festa? Que santo? Que domingo (que tempo?) do ano
litúrgico? Qual o tema central desse dia? Quais as intenções? Alguma notícia
sobre algum fato relevante da semana que posa merecer a atenção e a oração da
comunidade.
Se
a comunidade costuma seguir um Folheto ou Livrinho, ler a parte correspondente
à introdução. Mas atenção: não se prender a textos que vêm de fora. Eles podem
ser completados ou até substituídos, se a comunidade for capaz de providenciar
o necessário para tornar a celebração bem localizada, com a celebração bem
localizada, com suas características e necessidades próprias.
B. Introdução à Leitura da Palavra: Com a finalidade de prender a atenção de todos para
o que seja proclamado nas leituras da Sagrada Escritura, o comentarista pode
sintetizar em poucas palavras o tema central e suas ligações com cada leitura.
Se for o caso, antes das preces da Comunidade, indicar qual será a resposta a
ser dita pela assembleia.
C. Introdução à Liturgia Eucarística: Conforme aquilo que é específico da celebração, o
comentarista procura mostrar o sentido do ofertório. Ter o bom senso de
explicar aquilo que é necessário, mas cuidado para não ficar falando aquilo que
é obvio ou já será manifestado nos sinais.
D. Comunhão e Ação de Graças: O comentarista ajuda a assembleia a participar
dignamente do banquete eucarístico, num clima de alegria e ao mesmo tempo de
compenetração. No intervalo dos cânticos, incentivar para que cada fiel faça
sua ação de graças de modo pessoal.
E. Antes do Final: Se houver
necessidade, dar os avisos de interesse da comunidade. Encerrar com um breve
fechamento do tema, ligando-o com a missão da Igreja que age por meio dos
cristãos, discípulos de Jesus inseridos no mundo.
2. A função
dos Leitores
Os
leitores são instituídos para proferirem nas celebrações as leituras da Sagrada
Escritura, menos o Evangelho. É preciso definir com o pároco quem faz a escala
das pessoas que farão as leituras. Isso tem que ser feito com antecedência para
a devida preparação. Pode ser que, na comunidade, a tarefa de fazer a escala
seja atribuição da Equipe de Liturgia.
Os
leitores podem também fazer as intenções da oração da comunidade. Podem também,
se não houver salmista, proferir as estrofes do salmo responsorial.
Como
já foi falado a respeito do comentarista, é de suma importância que o leitor
leia pausadamente e com entonação; deve estar trajado decentemente, inclusive
utilizando uma veste litúrgica própria.
Os
leitores, cada um por sua vez, proferem do ambão as leituras que precedem o
Evangelho e as intenção das preces dos fiéis.
3. Os serviços
de Cânticos Litúrgicos
A
Comunidade poderá ter uma Equipe de Cânticos autônoma. Mas é bom definir com o
pároco se a Equipe de Liturgia deverá ou não interagir com a Equipe de
Cânticos, já que é necessário buscar uma unidade na celebração. Se há uma
solenidade, uma comemoração, um determinado tempo litúrgico, tudo demanda um
tema que servirá de linha condutora de toda a celebração. Por isso, até mesmo a
escolha dos cânticos deve ser feita em comum acordo.
Quais
seriam as atribuições de uma equipe de cânticos?
A. Promover o cântico como oração e como
modo de participação: É preciso dar
grande valor ao uso do cântico nas celebrações, sobretudo nas Missas de Domingo
e nas solenidades. Mas temos de tomar muito cuidado para não repetir erros
pastorais do passado. Vejam o que diz o Pe. José Ulysses da Silva, Missionário
Redentorista, que escreve para a Revista de Aparecida:
“Antigamente, tanto o canto gregoriano,
por causa do latim, como o canto polifônico, mais erudito, acabaram por
marginalizar a participação do povo que passou a ser apenas plateia para
apreciar os concertos de órgão ou a apresentação de corais”.
O
canto faz parte integrante da Liturgia. Não é mero enfeite, nem é usado só para
preencher espaços. O canto é oração, louvor, adoração, meditação... todos devem
cantar, mesmo que seja apenas o refrão, ficando as estrofes a cargo de solistas
ou do coro. Na ação litúrgica não é admissível que apenas um grupo cante e os
demais fiquem apenas ouvindo.
A
celebração não é momento nem lugar para shows. Os instrumentos musicais, o
volume do som e o ritmo devem condizer com a nobreza, a arte e a
espiritualidade da ação litúrgica.
(Continuaremos o assunto no próximo número.)
Clodoaldo Montoro
Publicado na Liturgia Diária “Deus Conosco” do mês de
janeiro de 2013.
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Agora eu vou falar!... Ou melhor, escrever! kkk
Aqui em minha paróquia, nós comentaristas tenhamos o
costume de "enfeitar" nossa parte complementando o texto e tudo mais!
Nosso Bispo atual, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz quando entrou pediu aos
sacerdotes que fizessem adequações em suas paróquias quanto aos
"comentários" e o Padre Vicente nosso Pároco, como servo obediente
nos passou as mudanças através da nossa Coordenação da Liturgia!
As mudanças foram em relação a não dizer o tempo
litúrgico em que estamos, o dia do mês em que t. É para acabar de ler as
intenções, que são lidas nos começo da Missa e entrar no texto de introdução do
"Deus Conosco" terminando com a seguinte frase: "Fiquemos de pé
para recebermos a procissão de entrada". E também evitar de saudar a assembleia
com saudações devocionais.
No caso das Leituras a mesma coisa: Não falar (Nem o comentarista
e nem os leitores) "Liturgia da Palavra - Deus nos fala" e nem dizer:
1ª Leitura, Em resposta cantaremos/rezaremos o salmo ..., 2ª Leitura, Fiquemos
de pé para aclamarmos o Santo Evangelho cantando! Nos foi passado e os
ministérios de música sabem que acabou a segunda leitura já começa a aclamação
ao Evangelho!
Eu procuro seguir fielmente este pedido de nosso Pastor e
de nosso Pároco!
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