Estes dias, vendo meu Facebook, me deparei com uma foto que me chamou a atenção por dizer muito e nada ao mesmo tempo e vendo o restanda daquela página vi uma publicação falando sobre o uniforme da Guarda Suíça e me dispertou interesse em pesquisar e saber mais sobre o assunto! Então aqui está um texto muito legal que fala e explica muito sobre a Guarda Suiça do Vaticano.
-------------------------------------------------------
Guarda Suíça Pontifícia é o
nome dado ao corpo de guarda responsável desde 22 de janeiro de 1506 pela
segurança do Papa. Hoje constitui também as forças armadas da Cidade do
Vaticano. Atualmente a Guarda Suíça é composta por cinco oficiais, 26 sargentos
e cabos e 78 soldados. É a única guarda do mundo em que a bandeira é alterada
com cada novo chefe de Estado, pois contém o emblema pessoal do Papa.
O dia 6 de maio é a data de
admissão de novos guardas. Estes prestam juramento diante do Papa e fazem o
juramento com a mão direita levantada e os três dedos do meio abertos,
recordando Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna.
É o único grupo de soldados
particulares que a lei suíça aceita. Do corpo da Guarda Suíça só podem fazer
parte homens de robusta e rude constituição física, com um mínimo de 1,74m de
altura, católicos, com diploma profissional ou ensino médio concluído, com
idade entre 18 e 30 anos, e não casados (só os cabos, sargentos e oficiais
podem ser casados)1 . Devem também ter feito já treino militar do exército
suíço, não ter registo criminal e ser de reputação social absolutamente
imaculada. Dois anos, eventualmente renováveis até um máximo de 20, são o tempo
de compromisso mínimo de um membro da Guarda Suíça.
O curioso uniforme da Guarda
Suíça é um espetáculo à parte. Com sua malha de cetim nas cores azul-real,
amarelo-ouro e vermelho-sangue, causa estranheza que um soldado esteja trajado
com roupas tão coloridas. O design do traje é atribuído a Michelangelo e pode
ser visto tanto no Vaticano quanto no castelo Papal de Avinhão, sede do papado
nos séculos XIII a XIV.
A língua oficial da Guarda
Suíça é o alemão. O seu lema é "Com coragem e fidelidade" (em latim:
Acriter et fideliter) e tem como patronos São Martinho (festa em 11 de
novembro), São Sebastião (festa em 20 de janeiro) e São Nicolau von Flüe,
"Defensor Pacis et pater patriae" (orago da Suíça, com festa em 25 de
setembro).
Entre as suas tarefas
encontra-se a prestação de serviços diversos para o Papa, tais como a guarda em
visitas de autoridades estrangeiras, o acompanhamento e assistência ao Papa
durante viagens internacionais ou a prestação, à paisana, de serviços de
segurança do Papa, ocasião em que os guardas se misturam com as multidões na
Praça de São Pedro. Nesse caso os soldados da Guarda Suíça servem como
guarda-costas, estando equipados com armamento variado e modernos equipamentos
de comunicação.
HISTÓRIA
Inicialmente a Guarda Suíça
era um conjunto de soldados mercenários suíços, que combatiam por diversas
potências europeias entre os séculos XV e XIX em troca de pagamento. Hoje só
servem o Vaticano.
A Guarda Suíça do Vaticano foi
formada em 1506, em atendimento a uma solicitação de proteção feita em 1503
pelo Papa Júlio II aos nobres suíços. Cerca de 150 nobres tidos como os
melhores e mais corajosos chegaram a Roma vindos dos cantões de Zurique, Uri,
Unterwalden e Lucerna. O seu comandante era o capitão Kaspar von Silenen.
A batalha mais expressiva foi
em 6 de maio de 1527, quando as tropas invasoras imperiais de Carlos V de
Habsburgo, em guerra com Francisco I, entram em Roma. O exército imperial era
composto de cerca de 18000 mercenários. Em frente à Basílica de São Pedro e
depois nas imediações do Altar-Mor, a Guarda Suíça lutou contra cerca de 1000
soldados alemães e espanhóis. Combateram ferozmente formando um círculo em
volta do Papa Clemente VII visando protegê-lo e levá-lo em segurança ao Castelo
de Santo Ângelo. Faleceram 108 guardas, mas em contrapartida 800 dos 1000
mercenários do assalto caíram mortos pelas alabardas dos suíços.
O Papa Pio V (1566-1572)
enviou a Guarda Suíça para combater na Batalha de Lepanto, contra os turcos.
Com Pio VI a guarda foi dissolvida já que este Papa foi enviado para o exílio
por Napoleão. A guarda voltou a formar-se em 1801 e, em 1848, desempenhou um
papel decisivo na defesa do Palácio Apostólico frente aos revolucionários
nacionalistas italianos.
Quando a Alemanha Nazi ocupou
Roma em setembro de 1943, a Guarda Suíça e as outras unidades que na época
constituíam as formas armadas papais, como a Guarda Palatina, foram colocadas
em estado de alerta. Houve um aumento no número de postos de vigia. Os guardas
trocaram as alabardas e espadas por espingardas Mauser 98k, baionetas e
cartucheiras com 60 substituições de munição, como medida de precaução. Embora
as tropas alemãs patrulhassem o território italiano até à Praça de São Pedro,
não houve qualquer tentativa de invasão pela fronteira do Vaticano nem qualquer
confronto entre a Guarda Suíça e tropas alemãs. Nessa altura a Guarda tinha
apenas 60 homens, pelo que poderia apenas ter feito uma resistência simbólica a
qualquer ataque. No próprio dia em que os alemães ocuparam Roma o Papa Pio XII
deu ordens que proibiam a Guarda Suíça de derramar sangue em sua defesa.
Em 4 de maio de 1998 o coronel
da Guarda Suíça Alois Estermann, a sua mulher Gladys Meza Romero e o vice-cabo
Cédric Tornay foram encontrados mortos no apartamento de Estermann. A versão
oficial do Vaticano atribuiu a responsabilidade do delito ao vice-cabo Tornay.
A GUARDA SUIÇA HOJE
O atual comandante da Guarda
Suíça Pontifícia, Daniel Rudolf Anrig, jurista e chefe da polícia criminal do
cantão de São Galo (St. Gallen), entre 2001 e 2006, foi designado por Bento XVI
em substituição ao coronel Elmar Theodor Maeder.
Os guardas assinam um contrato
de dois anos e obtêm um soldo mensal de 1200 euros. São celibatários (exceto os
oficiais, sargentos e cabos) e é-lhes formalmente interdito dormir fora do
Vaticano. O seu alojamento é a caserna da guarda. A vida quotidiana é
preenchida também com celebrações litúrgicas. A guarda dispõe de uma capela
onde oficia o capelão do exército pontifício.
UNIFORME
O uniforme que hoje a Guarda
usa foi desenhado por Jules Répond3 (comandante no período 1910-1921) a partir
do modelo que se atribui a Michelangelo por volta de 1505, pelo que é
considerado um dos uniformes militares mais antigos do mundo, e muito mais
vistoso, alegre e colorido que o do século XIX: o capacete é decorado com uma
pluma vermelha, as luvas são brancas e a couraça tem reminiscências medievais.
A cor vermelha foi introduzida pelo Papa Leão X, em homenagem ao escudo dos
Médici, e simboliza também o sangue derramado em defesa do Papa.
A Guarda Suíça não utiliza
botas, sendo calçadas meias aderentes às pernas e presas à altura dos joelhos
por uma liga dourada, sendo eventualmente cobertas por polainas. Em geral, o
uniforme recorda o esplendor das cortes do Antigo Regime, e o orgulho de ser
soldado, combater e servir o Papa.
REFERÊNCIAS
- ↑ Página do Vaticano sobre a Guarda Suíça. Requisitos de admissão. Página visitada em 8 de maio de 2010.
- ↑ Eles dariam a vida pelo Papa (III). Página visitada em 8 de maio de 2010.
- ↑ Página do Vaticano sobre a Guarda Suíça. The Uniform of The Swiss Guards. Página visitada em 8 de maio de 2010.
Fonte: Wilipédia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário