Você conhece a organização eclesiástica e administrativa da Igreja?
Para a melhor organização administrativa e
pastoral a Igreja Católica Apostólica Romana possui uma estrutura feita
com subdivisões, onde cada uma delas possui determinadas funções
confiadas a um presbítero (padre) que exerce, em nome do Papa, a
coordenação de todas as atividades. Resumidamente, percebemos as
seguintes províncias eclesiásticas:
Como já foi dito, cada uma possui funções determinadas e um
representante da Igreja exercendo o papel de liderança, tanto para a
ação pastoral quanto para eventuais dificuldades relacionadas à Doutrina
e a Administração. Em termos gerais podemos explicá-las da seguinte
maneira:
ARQUIDIOCESE – É a província
eclesiástica que abrange todas as dioceses de uma região. Quem a
governa e a preside é o bispo mais importante: o Metropolita, que, a partir do ano de 1301, passa a se chamar Arcebispo
(bispo que possui a missão de ser chefe espiritual e de jurisdição da
Arquidiocese ou também chamada Metrópole). Podemos dizer que a
Arquidiocese é a Diocese do Arcebispo. Cada arquidiocese possui uma
“Catedral”, local onde se encontra a “cátedra” – cadeira – do Arcebispo. Na paramentação litúrgica, o arcebispo metropolita distingue-se pelo uso do pálio
(Tem a forma de uma faixa circular que carrega sobre os ombros e da
qual pendem ante o peito e nas costas duas atiras retangulares, tudo de
lã branca, se destacando dela seis cruzes de seda negra ou vermelha).
DIOCESE – É a circuncisão
eclesiástica dirigida pelo bispo. Ela é também chamada de Bispado. O
Código do Direito Canônico, no nº 369, afirma que a diocese é a “porção
do povo de Deus confiada a um bispo”. Lá existe a Cúria Diocesana, ou
seja, o conjunto de organismos com os quais o bispo governa
pastoralmente. Os bispos têm como investiduras o Anel (simbolizando seu casamento com a Igreja, sua Diocese) e o Báculo
(lembra um “cajado” - simbolizando o pastor de sua Diocese). Os bispos
são sucessores dos Apóstolos como pastores da Igreja, mensageiros do
Evangelho de Cristo. Também são chamados de Sufragâneos.
VICARIATO – Dentro de cada diocese existem um ou mais Vicariatos. Os Vicariatos episcopais
são um instrumento evangelizador mais descentralizado. Colaboram para o
atendimento às exigências da ação evangelizadora em cada grande área
geográfica ou ambiental, organizando melhor o trabalho e as relações
pastorais. Já os Vicariatos territoriais, por sua vez, são divididos em áreas pastorais menores, designadas pelo Código de Direito Canônico como foranias, que agrupam algumas paróquias. O vigário episcopal (presbítero
colaborador do bispo), nomeado pelo Arcebispo, que formará a
Coordenação do Vicariato, com os representantes das foranias. Cada
Vicariato enviará representantes para comporem a Coordenação
Arquidiocesana de Pastoral. Os vigários episcopais cultivam uma
estreita relação pastoral com o arcebispo, na medida em que colaboram
com o governo pastoral da Arquidiocese. Eles multiplicam e difundem o
próprio ministério do arcebispo.
FORANIA – É um grupo determinado de paróquias dentro de um Vicariato. Cada forania é confiada a um vigário forâneo
(título dado pelo bispo a um grupo de padres dentro de um Vicariato).
Essa união de diversas paróquias mais próximas territorialmente
favorece o trabalho pastoral mediante uma ação em comum. Os padres
forâneos são eleitos pelos representantes das paróquias (párocos e
vigários) por 2 anos, que por sua vez, representam aquele território,
ou seja, a forania junto ao conselho presbiteral.
PARÓQUIA – É uma comunidade
dentro da Diocese entregue aos cuidados pastorais e administrativos de
um presbítero que recebe o título de pároco.
Antigamente eram chamada de “Freguesias”. Ele deve trabalhar em
comunhão com a diocese, as lideranças pastorais e os demais fiéis
batizados. Além do pároco, também vemos a atuação do vigário paroquial
(sacerdote que o bispo diocesano nomeia para coadjuvar um pároco no
exercício do seu ministério pastoral). Só os padres podem ser párocos,
mas numa paróquia pode haver também um diácono que trabalha com o
pároco e o vigário. Além das pessoas, uma paróquia tem sempre um
território e uma igreja principal, chamada igreja paroquial. Pode ter
outras igrejas menores, chamadas de ermidas ou capelas.
CAPELA – Antigamente chamadas de “ermidas”,
é uma pequena comunidade numa região administrada por uma Paróquia.
Além do Culto a Deus, podem-se realizar casamentos e os demais
sacramentos, além das atividades sociais e pastorais.
Bem, agora que você já conhece as explicações
sobre essas regiões, abaixo você terá um exemplo claro dessa divisão no
Estado do Rio de Janeiro:
- Arquidiocese e Diocese
Província Eclesiástica de São Sebastião do Rio de Janeiro (fundada em 1892)
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
Diocese de Barra do Piraí - Volta Redonda
Diocese de Valença
Diocese de Itaguaí
Diocese de Nova Iguaçu
Diocese de Duque de Caxias
Província Eclesiástica de Niterói (fundada em 1960)
Arquidiocese de Niterói (Rio de Janeiro)
Arquidiocese de Niterói (Rio de Janeiro)
Diocese de Nova Friburgo
Diocese de Campos
Diocese de Petrópolis
- Diocese e vicariatos
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) possui os seguintes Vicariatos:
Episcopal Jacarepaguá
Episcopal Leopoldina
Episcopal Norte
Episcopal Oeste
Episcopal Suburbano
Episcopal Sul
Episcopal Urbano
- vicariatos, foranias e paróquias
Como exemplo, cito o Vicariato Leopoldina
(representado pelos bairros: Bonsucesso, Ilha do Governador, Cordovil,
Higienópolis, Jardim América, Olaria, Parada de Lucas, Pavuna, Penha,
Penha circular, Ramos, Vigário Geral, Vila da Penha, Vista Alegre...)
possui cinco foranias, dentre as quais a Ilha do Governador é membro da 1ª Forania com as seguintes paróquias:
Paróquia Nossa Senhora da Ajuda
Paróquia São Sebastião
Paróquia São José Operário
Paróquia Sagrada Família
Paróquia Nossa Senhora do Loreto
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
- paróquias e capelas
A paróquia Nossa Senhora da Ajuda, por exemplo, possui apenas três capelas:
Igreja de Santo Antônio
Igreja de São Pedro
Igreja do Menino Jesus de Praga
spero que suas dúvidas tenham sido
esclarecidas, pois conhecer a estrutura administrativa da Igreja
Católica é fundamental para os fiéis poderem compreender a ação do
Clero e poder ajudar com a difusão da fé cristã.
Fonte: Escrito por Juberto Santos e publicado no site Catequese Católica.
4 comentários:
Texto bem explicativo.Agradeço!!
Muito legal o post, Rodrigo. Agora peço-lhe outro... um apenas sobre a nossa Diocese... faz?
Vou começar a pesquisar, para publicar até a quarta-feira no máximo! Valeu pela dica! :D
Fique com Deus!
Ôba!!!
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