O Terço das Sete
Dores de Nossa Senhora, também conhecido como Coroa das Sete Dores ou
Rosário das Sete Dores, faz parte da tradição da Igreja desde a Idade Média,
mas tornou-se mais conhecido em todo o mundo a partir de 1981, depois das aparições de Maria Santíssima em Kibeho,
uma localidade de Ruanda, no coração da África.
Essas aparições de Nossa Senhora a sete jovens foram
fartamente documentadas com fotos, vídeos, áudios e acompanhadas e estudadas
por médicos e teólogos que atestaram o seu caráter sobrenatural. Com as
evidências levantadas, a Igreja local deu parecer favorável à devoção a Nossa
Senhora de Kibeho e autorizou a construção de uma igreja dedicada a ela.
Quase vinte anos depois, em 21 de junho de 2001, a Santa
Sé confirmou as aparições de Kibeho.
Em 31 de maio de 2003, foi dedicado a Maria, exatamente
no local das primeiras aparições, o atual Santuário de Nossa Senhora das Dores,
que recebe milhares de peregrinos, todos os anos, de todo o mundo.
Nas suas aparições em Kibeho, Nossa Senhora pediu que o
Terço das Sete Dores fosse reintroduzido em todo o mundo.
COMO REZAR O TERÇO
DAS SETE DORES DE NOSSA SENHORA
Há várias fórmulas consagradas há séculos na tradição da
Igreja, mas o Terço das Sete Dores propagado a pedido de Nossa Senhora em
Kibeho tem uma particularidade: quem o ensinou foi a própria Virgem das Dores.
Ele pode ser rezado em voz alta ou em contemplação
silenciosa; sozinho ou em companhia; o que importa é que todas as orações,
reflexões e meditações sejam feitas sempre do mais profundo do coração.
Não é necessário ter um terço especial para rezá-lo, mas
é imprescindível que, a cada mistério doloroso, se medite durante algum tempo
sobre a magnitude do sofrimento de Maria e, principalmente, sobre a força
imensa do seu amor.
REZANDO O TERÇO
DAS SETE DORES DE NOSSA SENHORA
Inicia-se com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. Amém.
Oração Introdutória: Ó Deus e Senhor meu, eu vos ofereço
este Terço para a Vossa glória, para que sirva para honrar a Vossa Santa Mãe, a
Virgem Maria, e para que eu a possa compartilhar e meditar os seus sofrimentos.
Humildemente eu vos peço: concedei-me o arrependimento verdadeiro de meus
pecados e dai-me a sabedoria e a humildade necessárias para que eu receba todas
as indulgências concedidas por essas orações.
Ato de Contrição: Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e homem
verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom e
digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me,
Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também de ter
perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho firmemente, ajudado com o
auxílio da Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.
Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia”.
Rezam-se três Ave-Marias.
1. Mistério da
Primeira Dor de Maria: a profecia de Simeão
Jaculatória: “Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre
das dores de vosso filho, Jesus Cristo”.
Meditação: A
Santa Virgem Maria levou Jesus ao Templo de Jerusalém, como mandava a tradição
que dizia que todos os recém-nascidos deveriam ser abençoados no Templo perante
Deus. Lá, o velho sacerdote Simeão segurou o menino Jesus em seus braços e o
Espírito Santo encheu o seu coração. Simeão então reconheceu Jesus como o
Salvador prometido e elevou a criança na direção do Céu, dando graças e louvor
a Deus por ter cumprido a promessa que Ele havia feito a Simeão – a de que ele
viveria o suficiente para ver o Messias.
‘Eis que agora Vosso servo pode deixar em paz esta vida,
meu Senhor’, disse ele. Então, ele olhou para Maria e disse: ‘E tu, mulher, uma
espada de dor irá transpassar teu coração por conta do sofrimento que deve
recair sobre o teu filho’.
A Santíssima Virgem sabia que havia dado à luz o Salvador
da humanidade, então ela compreendeu e aceitou imediatamente a profecia de
Simeão. Por mais que seu coração tivesse sido tocado profundamente pela graça
de ser portadora do menino Jesus, ele permanecia pesado e atormentado, afinal
ela sabia o que havia sido escrito a respeito das provações e subsequente morte
do Salvador. Sempre que via seu filho, ela era constantemente relembrada dos
sofrimentos aos quais ele seria submetido, até que esse sofrimento tornou-se
inerente ao dela.
Oração: Querida
Mãe Maria, cujo coração padeceu além da conta por nós, ensinai-nos a sofrer
como vós sofrestes e, através do amor, a aceitar todo sofrimento pelo qual Deus
considerar necessário que passemos. Que nós soframos, e que nosso sofrimento
possa ser reconhecido por Deus somente, como o foi o vosso e o de vosso filho,
Jesus. Não deixai que demonstremos o nosso sofrimento ao mundo, para que assim
ele valha mais e possa ser usado para reparar os pecados de todos. A vós, ó
Mãe, que sofrestes com o Salvador, nós oferecemos nosso sofrimento e o do
mundo, por sermos todos filhos vossos. Uni nossas dores às vossas e às de Nosso
Senhor Jesus Cristo e então oferecei-as a Deus nosso pai, para que Ele as
reconheça – vós que sois a Mãe maior de tudo o que há.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor que o vosso
terno coração sentiu com a profecia do velho santo Simeão. Ó Mãe querida, pelo
vosso tão aflito coração, concedei-me a virtude da humildade e o dom salutar do
temor de Deus. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
2. Mistério da
Segunda Dor de Maria: a fuga para o Egito
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação: O
coração de Maria se partiu e suas perturbações só aumentaram quando José lhe
contou as palavras do anjo: eles deveriam levantar imediatamente e partir para
o Egito, porque o rei Herodes estava à procura de Jesus para matá-lo. A Santa
Virgem não teve nem tempo para decidir o que levar e o que deixar; ela pegou
seu filho e deixou todo o resto, saindo às pressas, à frente de José, para que
fossem rápidos conforme Deus havia pedido. Ela, então, disse: ‘Ainda que Deus
tenha poder sobre tudo, Ele quer que fujamos com Jesus, Seu filho. Deus nos
mostrará o caminho e nós chegaremos lá sem que o inimigo nos acompanhe’.
Por ser a mãe de Jesus, a Virgem Santíssima o amava mais
do que qualquer outra pessoa. Seu coração se perturbava profundamente só de
pensar no incômodo de seu filho e, portanto, ela sofreu muito por ele ter
passado frio e temor. Enquanto ela e seu marido estavam cansados, com sono e
com fome durante a viagem de fuga, o pensamento de Maria sempre se focava na
segurança e no conforto de seu filho. Ela temia se encontrar cara a cara com os
soldados ordenados para matar Jesus, afinal ela sabia que o inimigo ainda
estava em Belém. Seu coração permaneceu angustiado durante toda a fuga. Ela
também sabia que, no lugar para o qual estavam indo, eles não encontrariam
rostos amigáveis que os dessem boas-vindas.
Oração: Querida
Mãe Maria, que tanto sofrestes, dai-nos o vosso coração tão valente. Dai-nos
força para que sejamos também corajosos e aceitemos com amor os sofrimentos que
Deus colocar em nosso caminho. Ajudai-nos também a aceitar todo sofrimento que
a nós mesmos sujeitamos e que nos são infligidos por outros. Ó Mãe do Céu, vós
somente purifiqueis o nosso sofrimento, para que sejamos gratos a Deus e
tenhamos salvas as nossas almas.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela angústia que o
vosso sensibilíssimo coração experimentou com a fuga para o Egito e a
permanência naquela terra estranha. Mãe querida, pelo vosso coração tão
angustiado, alcançai-me a virtude da liberalidade, especialmente com os pobres,
e o dom da piedade. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
3. Mistério da
Terceira Dor de Maria: a perda de Jesus no Templo
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação:
Jesus é o único filho gerado por Deus, mas ele foi também filho de Maria. A
Virgem Santíssima amou Jesus mais do que ela mesma, porque ele era Deus.
Comparado a outras crianças, ele era único justamente porque já vivia como
Deus. Quando Maria perdeu Jesus, na volta de Jerusalém, o mundo fez-se tão
vasto e fez dela tão solitária que ela sentiu que não poderia continuar vivendo
sem ele, tão grande era seu sofrimento (ela sentiu a mesma dor que seu filho
sentiu mais tarde, quando seus discípulos o abandonaram durante sua Paixão).
Enquanto procurava ansiosamente por seu filho amado, uma
dor profunda atravessava o coração da Santa Mãe. Ela se culpava, se perguntava
como tinha sido possível que não tivesse tido mais cuidado com ele. Mas não era
culpa dela; Jesus não mais precisava de sua proteção, como até então havia
precisado. O que doía mesmo em Maria era o fato de que seu filho havia decidido
ficar sem o consentimento dela. Jesus havia agradado a ela em tudo: nunca a
havia irritado de forma alguma e nem tinha feito desfeita alguma para com os
seus pais. No entanto, ela sabia que ele sempre fazia aquilo que era necessário
e, portanto, nunca suspeitou de sua obediência.
Oração: Querida
Mãe Maria, ensinai-nos a aceitar todos os nossos sofrimentos por conta de
nossos pecados e também para que sirvam de reparação pelos pecados do mundo.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela tristeza e
inquietação que o vosso coração sofreu com a perda do vosso amado Jesus. Mãe
querida, pelo vosso coração tão vivamente agitado, alcançai-me a virtude da
castidade e o dom da ciência. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
4. Mistério da
Quarta Dor de Maria: o encontro com Jesus a caminho do Calvário
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação:
Maria viu Jesus carregar a pesada cruz sozinho – a mesma na qual ele seria
crucificado. Isso não surpreendeu a Virgem Santa porque ela já sabia da morte
iminente de Nosso Senhor. Vendo que seu filho já estava quase abatido pelos
inúmeros e duros golpes dos soldados, ela se enchia de angústia com a sua dor.
Os soldados continuavam a puxá-lo e a apressá-lo, ainda
que ele não tivesse forças sobrando. Ele caiu, exausto, incapaz de se reerguer.
Naquele momento, os olhos de Maria, que tanto já haviam se enchido de amor e
compaixão, encontraram os dele, cheios de dor e cobertos de sangue. Seus
corações, parecia, dividiam o fardo: toda dor que ele sentia, ela sentia
também. Eles sabiam que não podiam fazer nada, a não ser esperar e acreditar em
Deus e dedicar seus sofrimentos a Ele. Tudo que podiam fazer era colocar tudo
nas mãos de Deus.
Oração: Querida
Mãe Maria, tão arrasada pela dor, ajudai-nos a suportar nossos sofrimentos com
amor e coragem, para que possamos aliviar o vosso coração pesaroso e também o
de Jesus, vosso filho. Ao fazê-lo, que possamos glorificar Deus por ter nos
dado Jesus, Seu filho amado, e também vós, ó Santa Mãe. Ensinai-nos a sofrer
paciente e silenciosamente, como vós sofrestes. Concedei a graça de amar Deus
em tudo. Ó Mãe Dolorosa, a mais aflita dentre todas as mães, tende piedade de
nós, pecadores do mundo inteiro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela consternação
que do vosso maternal coração se apoderou quando encontrastes Jesus com a
pesada cruz a caminho do Calvário. Mãe querida, pelo vosso coração tão
duramente provado, alcançai-me a virtude da paciência e o dom da fortaleza.
Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
5. Mistério da
Quinta Dor de Maria: aos pés da cruz
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação: A
Santíssima Virgem Maria continua a subir o monte do Calvário, seguindo de perto
a Jesus, dolorosa e tristemente, embora sofresse em silêncio. Ela pôde vê-lo
cambaleando e caindo com a cruz mais algumas vezes, e testemunhou seu filho
sendo golpeado impiedosamente pelos soldados, que o puxavam pelo cabelo para
que ficasse novamente em pé.
Além de ser inocente, Jesus, quando chegou ao topo do
Calvário, foi ordenado a se manifestar perante a multidão, para que pudessem
rir dele. Maria sentiu profundamente a dor e a humilhação de seu filho,
particularmente quando seus opressores forçaram-no a despir o que havia sobrado
de sua roupa. A Santa Mãe teve dores no coração ao ver aqueles tiranos
crucificarem seu filho praticamente nu, envergonhando-o terrivelmente apenas
para agradar a multidão zombeteira (ele e Maria sentiam mais vergonha do que as
pessoas normais, porque eram santos e não conheciam o pecado).
A abençoada Virgem Maria sentiu uma dor insuportável
quando Jesus foi estirado na cruz. Seus assassinos cantavam alegremente
enquanto se aproximavam dele com martelos e pregos. Sentaram-se em cima dele,
para que não pudesse se mover, enquanto o fincavam na cruz. Ao martelarem em
suas mãos e pés, Maria sentiu os golpes em seu coração; os pregos perfuraram
também a sua carne enquanto rasgavam o corpo de seu filho. Ela sentia a própria
vida se desvanecendo.
Quando os soldados ergueram a cruz para encaixá-la no
buraco que haviam cavado, eles empurraram-na para que caísse deliberadamente e,
assim, fizesse com que o peso do corpo de Jesus rasgasse ainda mais suas mãos e
expusesse seus ossos. A dor trespassou seu corpo como fogo líquido. Ele
suportou três excruciantes horas pregado à cruz, mas a dor física que sentia
não era nada comparada à dor agonizante que sentia no coração por ser obrigado
a ver que sua mãe assistia ao seu sofrimento de perto. Misericordiosamente, ele
então morre.
Oração: Querida
Mãe Maria, Rainha dos Mártires, dai-nos a coragem que tivestes durante todo seu
sofrimento para que possamos unir os nossos sofrimentos com os vossos e
glorificar a Deus. Ajudai-nos a seguir os mandamentos que ele nos deixou, e
também os da Igreja, para que o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo não
seja em vão e todos os pecadores do mundo sejam salvos.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pelo martírio que o
vosso generosíssimo coração padeceu, assistindo à agonia de Jesus. Mãe querida,
pelo vosso tão martirizado coração, alcançai-me a virtude da temperança e o dom
do conselho. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
6. Mistério da
Sexta Dor de Maria: a Virgem Dolorosa recebe o corpo de Jesus em seus braços
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação: Os
amigos de Jesus, José de Arimateia e Nicodemos, desceram da cruz seu corpo
morto e o colocaram nos braços abertos de sua Mãe Santíssima. Maria, então,
lavou-o com profundo respeito e amor, pois era sua mãe e sabia melhor do que
ninguém que ele era Deus incarnado, que tinha tomado um corpo de homem para ser
o Salvador de todos os homens.
Maria podia ver as feridas da flagelação pela qual Jesus
havia passado por ordens de Pilatos. Sua carna havia sido despedaçada, grandes
tiras haviam sido arrancadas de suas costas. Seu corpo todo havia sido tão
dilacerado que algumas feridas entrecruzavam-se, escancarando-o da cabeça aos
pés. Maria descobriu que as feridas causadas pelos pregos eram menos cruéis que
as causadas pela flagelação e pelo carregamento da cruz. Ela ficou horrorizada
ao notar que seu filho havia sido capaz de carregar aquela cruz tão pesada e
lascada até o Calvário. Ela viu a poça de sangue que havia se formado em sua
testa por causa da coroa de espinhos e, para seu horror completo, ela percebeu
que muitos dos espinhos farpados haviam penetrado tão fundo em sua cabeça que
chegaram até a perfurar seu cérebro.
Olhando para seu filho inteiramente [… ferido], a
Santíssima Mãe sabia que sua morte havia sido muito pior do que a tortura
reservada ao mais perverso dos criminosos. Enquanto limpava seu corpo, ela se
recordava dele em cada etapa de sua curta vida, rememorava o primeiro olhar que
deu ao seu rosto de recém-nascido enquanto estavam ainda deitados na
manjedoura, e se lembrou também de cada dia que se sucedeu a esse, até o
fatídico e dilacerante momento em que ela banhava gentilmente o seu corpo sem
vida. Sua angústia era implacável no momento em que preparava seu filho e
Senhor para o sepultamento, mas ela permanecia valente e forte, tornando-se
assim a verdadeira Rainha dos Mártires. Enquanto lavava seu filho, ela rezou
por todos, para que conhecêssemos as riquezas do Paraíso e entrássemos pelos
portões do Céu. Ela rezou por cada uma das almas do mundo, para que abraçassem
a fé em Deus e, assim, fizessem com que a morte dolorosa de seu filho não fosse
em vão e beneficiasse toda a humanidade. Maria rezou pelo mundo; ela rezou por
todos nós.
Oração: Querida
Mãe Maria, nós vos agradecemos pela vossa valentia ao suportar a dor de
assistir o vosso filho padecer na cruz até o fim, para confortá-lo. No momento
em que o nosso Salvador deu seu último suspiro, vós vos tornastes uma grande
mãe de todos nós; vós vos tornastes a Santa Mãe do mundo. Bem sabemos que
tendes mais amor por nós do que os nossos próprios pais, e nós vos imploramos:
sede a nossa advogada perante o trono da graça e da misericórdia divinas, para
que possamos realmente nos tornar vossos filhos. Nós vos agradecemos por Jesus,
nosso Salvador e Redentor, e agradecemos a Jesus por ter vos dado a nós. Rogai
por nós, ó Santa Mãe de Deus.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela ferida que
abriu no vosso piedosíssimo coração a lança que rasgou o lado de Jesus e feriu
o seu amabilíssimo coração. Mãe querida, pelo vosso coração assim trespassado,
alcançai-me a virtude da caridade fraterna e o dom do entendimento. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
7. Mistério da
Sétima Dor de Maria: Jesus é sepultado
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Meditação: A
vida da Santíssima Virgem Maria foi tão proximamente ligada à de Jesus que ela
achou que não havia mais motivo para continuar vivendo após a morte de seu
filho. O único consolo que ela tinha era o de saber que a morte do filho havia
dado fim àquele seu sofrimento inenarrável. Nossa Mãe Dolorosa, com a ajuda de
João e da outra santa mulher, colocou cuidadosamente o corpo de Jesus no
sepulcro e o deixou lá, como se fazia com todos os outros mortos. Ela foi para
casa com uma dor terrível e uma tristeza aguda; pela primeira vez, ela estava
sem ele e essa solidão era um novo tipo de dor, mais amargo. Seu coração vinha
morrendo desde que o coração de seu filho havia parado de bater, mas ela ainda
assim estava certa de que o nosso Salvador logo ressuscitaria.
Oração: Querida
Mãe Maria, cuja beleza supera a de todas as mães; ó Mãe de Misericórdia, Mãe de
Jesus e de todos nós, nós somos os vossos filhos e colocamos toda a nossa
confiança em vós. Ensinai-nos a ver Deus em todas as coisas e situações, até
mesmo em nossos sofrimentos. Ajudai-nos a entender a importância de sofrer e
também o sentido que tem o nosso sofrimento, de acordo com a vontade de Deus.
Vós fostes concebida sem pecados e preservada do pecado,
a ainda sim sofrestes mais do que qualquer um de nós. Vós aceitastes o
sofrimento e a dor com amor e insuperável coragem. Vós ficastes ao lado de
vosso filho desde que ele foi preso até que morresse. Vós sofrestes com ele,
sentistes todas as dores e tormentos que ele teve. Vós cumpristes a vontade de
Deus nosso Pai, e, de acordo com a Sua vontade, vos tornastes nossa salvadora
junto de Jesus. Nós vos suplicamos, ó Mãe, que nos ensineis a fazer como fez
Jesus: ensinai-nos a aceitar nossa cruz com coragem. Nós confiamos em vós, ó
misericordiosa mãe, então ensinai-nos a nos sacrificar por todos os pecadores
do mundo. Ajudai-nos a seguir os passos de vosso filho e a sermos capazes até
de dar a nossa vida pelo outro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor intensa que
amargurou o vosso amantíssimo coração na sepultura de Jesus. Mãe querida, pelo
vosso imaculado coração, amargurado ao extremo, alcançai-me a virtude da diligência
e o dom da sabedoria. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Reza-se a
jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso
filho, Jesus Cristo.
Oração Final: Ó
Rainha do Mártires, vosso coração muito sofreu. Eu vos imploro pelo mérito das
lágrimas que chorastes durante esses períodos tristes e terríveis, que
concedeis a mim e a todos os pecadores do mundo a graça de nos arrependermos
sincera e verdadeiramente. Amém.
Reza-se três vezes a jaculatória: Ó Maria, que foi
concebida sem pecado e sofreu por todos nós, rogai por nós!
Encerra-se o Terço com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai, e
do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Site Aleteia.
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