“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra”, por isso devemos nos preparar para recebê-la.
Jesus, na noite de Sua Paixão, instituiu
o sacramento da Eucaristia, a comunhão. Este é o sacramento dos
sacramentos, por meio do qual estamos sempre em profunda comunhão com o
Corpo e o Sangue de Cristo.
Para meditar sobre esse grande mistério
da fé [a Eucaristia] e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo,
gostaria de apresentar alguns textos do Magistério da Igreja que nos
serão de grande proveito:
A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a
vida cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios
eclesiásticos e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada
Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o
bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa”
(Catecismo da Igreja Católica, 1324).
“A Eucaristia é verdadeiramente
um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da
Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem
iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).
O Senhor nos convida, insistentemente, a
recebê-Lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos
digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu
Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Para responder o convite,
devemos nos preparar para este momento tão grande e tão santo. São Paulo
nos exorta a um exame de consciência: “Todo aquele que comer do pão ou
beber do cálice do Senhor, indignamente, será réu do Corpo e do Sangue
do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes
de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe
sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1Cor
11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o
sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão” (Catecismo,
1384-1385).
“Conforme o mandamento da
Igreja, ‘todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é
obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência,
pelo menos uma vez por ano’. Aquele que tem consciência de ter
cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que
esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição
sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja
impossível chegar a um confessor” (Catecismo, 1457).
“Diante da grandeza desse sacramento, o
fiel só pode repetir humildemente e com fé ardente a palavra do
centurião: ‘Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas
dizei uma palavra e serei salvo’ (Mt 8,8)” (Catecismo, 1386).
“A Igreja obriga os fiéis ‘a participar
da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos’ e a receber a
Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal,
preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos
fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou
ainda com maior frequência, e até todos os dias” (Catecismo, 1389).
“A fim de se preparar convenientemente
para receber esse sacramento, os fiéis observarão o jejum prescrito em
sua Igreja” (Catecismo, 1387). “Quem vai receber a Santíssima
Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se
somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes da
sagrada comunhão” (Cân. 919, § 1). “Pessoas idosas e enfermas,
bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia,
mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede” (Cân. 919, §
3).
Com relação aos divorciados novamente casados,
o Magistério da Igreja afirma que “são numerosos, hoje, em muitos
países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e
contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra
de Jesus Cristo (‘Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra
comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e
desposar outro comete adultério’: Mc 10,11-12), afirma que não pode
reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi
válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa
situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem
ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação”
(Catecismo, 1650). Esses cristãos, no entanto, mesmo não tendo acesso
aos sacramentos, não devem se considerar separados da Igreja, “pois,
como batizados, podem e devem participar da vida dela” (cf. Catecismo,
1651).
“A atitude corporal (gestos e roupas) há
de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que
Cristo se torna nosso hóspede” (Catecismo, 1387).
Outro conselho de grande valor é
chegarmos à Santa Missa com alguns minutos de antecedência, para
depositarmos aos pés de Nosso Senhor as nossas intenções e preocupações,
e, assim, estar mais atentos e participar com maior fruto da Liturgia
da Palavra e da Liturgia Eucarística. Após a comunhão, é importante
também termos um tempo de ação de graças, para agradecermos a Jesus por
Seu Corpo e Sangue, que recebemos, e por todas as graças que nos são
dadas por meio dessa comunhão. A cada Eucaristia, Jesus vem habitar em nós para nos santificar, curar e salvar. Temos, pois, muito para agradecer cada vez que O recebemos.
Não existe sobre a terra momento mais
intenso de comunhão com Jesus do que quando recebemos Seu Corpo e Seu
Sangue. Por isso, cada vez que vamos participar da Santa Missa, queremos
nos preparar para esse encontro com Cristo, para que Ele nos conduza a
uma amizade cada vez mais íntima e intensa com Ele. O nosso amor por
Jesus e a observância de tudo aquilo que o Magistério da Igreja nos pede
será sempre a melhor maneira de nos prepararmos para receber Cristo com
dignidade. Procuremos, pois, fortalecer, cada vez mais, os
nossos laços de amizade com Jesus, pois é Ele quem nos conduz com
alegria em meio às muitas provações da nossa vida.
Por um monge do Mosteiro da Transfiguração
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Fonte: Publicado no dia 13/06/14 no site da Canção Nova.
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