A missão do catequista
Para
definir bem alguns critérios e os primeiros passos para ser catequista, é
importante relembrar, resumidamente, o que nos diz o documento
“Catequese Renovada” (Nº 144-151) sobre a missão e formação catequética:
* O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja.
* Anuncia a Palavra e denuncia tudo que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus.
* O
catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os
acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé
na Ressurreição.
Neste
sentido, o catequista deve ser uma pessoa que está inserida na caminhada
da comunidade eclesial. E não basta ao catequista ter participação em
algum “cursinho” de catequese. Faz-se necessário que tenha um espírito
de abertura e humildade para estar sempre em busca de uma formação
permanente.
É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão possa ser frutuosa.
Além dos
cursos de capacitação técnica e didática, é importante que o catequista
seja consciente de que participa do trabalho de um grupo com o qual
deve se reunir periodicamente para oração em comum, reflexão e avaliação
das tarefas realizadas.
Quem pode ser catequista
Devido à
grande importância da missão do catequista, fazem-se necessários alguns
critérios para que ele possa ser admitido neste ministério.
-Que seja uma pessoa inserida na comunidade em que vai trabalhar (cf. CR 148);
-Que tenha vivência pessoal e comunitária da fé (cf. CR 150);
-Que esteja disposto a trabalhar em grupo e em comunidade (cf. CR 151);
-Que tenha consciência de que foi CHAMADO por Deus (através do coordenador, padre e outros) para um ministério na comunidade;
-Que
saiba da importância deste ministério: não é exercido em nome próprio,
mas em nome de Deus e da comunidade profética em comunhão com os
pastores da Igreja (cf. CR 146).
OS PASSOS A SEGUIR
1. A escolha dos catequistas
A
comunidade é a primeira responsável pela Catequese; não é apenas o
coordenador ou o padre. Sendo assim, o Conselho Pastoral da comunidade,
que deve, com frequência, refletir sobre a Catequese, será consultado ou
comunicado para indicação de pessoas a serem chamadas para o ministério
catequético. Este mesmo Conselho deverá ser informado quando o
catequista for admitido para que isto seja lavrado em ata, guardando,
assim, a memória catequética da comunidade.
2. Conversa com o coordenador e o pároco
As
pessoas indicadas serão chamadas para uma conversa de orientação com o
coordenador de catequese que explicará aos candidatos qual a sua missão.
Os
candidatos receberão também uma orientação do padre que está responsável
pelo atendimento pastoral na comunidade, para que o futuro catequista
saiba que não estará sozinho e que sua missão será interligada à missão
do pastor.
3. Ver a disponibilidade de tempo
Nas
conversas com o coordenador e o padre, os candidatos serão consultados
sobre a disponibilidade de tempo. Para ser catequista não pode ser usado
o tempo que sobra. Exige mais! Por isto, os futuros catequistas serão
orientados a fazerem uma programação de suas atividades de acordo com o
tempo disponível. Para um bom desempenho do ministério catequético é
preciso:
-Preparar com cuidado os encontros catequéticos;
-Orientar o encontro semanal com os catequizandos;
-Participar das reuniões mensais de catequistas para estudo, oração em comum, organização do trabalho, avaliação...
-Participar de cursos periódicos para catequistas em nível paroquial e diocesano;
-Participar ativamente nas celebrações litúrgicas da Comunidade.
Especialmente em caso de Catequese de crianças:
-Visitar as famílias dos catequizandos, pelo menos uma vez por ano;
-Visitar, com os catequizandos, os aniversariantes do grupo em sua casa;
-Participar das reuniões com os pais dos catequizandos.
4. Idade para ser catequista
Usa-se o
bom senso. Se os responsáveis pela escolha de novos catequistas querem
uma comunidade madura, esforcem-se para chamar pessoas maduras na fé.
É
indispensável para a admissão ao ministério catequético que a pessoa
tenha recebido o sacramento da maturidade cristã: a Crisma.
5. Apresentação à comunidade
Os
candidatos ao ministério catequético serão apresentados à comunidade
numa celebração litúrgica e serão encaminhados para um curso básico de
preparação, onde receberão as informações necessárias para o início do
trabalho.
6. Tempo de experiência
Após o
curso básico, (ou paralelo a ele, se for um curso mais prolongado), os
candidatos serão encaminhados para uma experiência com catequistas já
atuantes.
Neste período de experiência, os candidatos participarão das reuniões dos catequistas na comunidade para maior entrosamento.
7. Tempo de preparação
A
duração da experiência básica para novos catequistas poderá ser de seis a
doze meses. A prática em diversas comunidades mostra que diminuir ou
omitir este tempo prejudica em muito o desempenho do catequista.
8. Admissão ao ministério catequético
Após o
período de experiência, os candidatos terão novamente uma conversa com o
padre e com o coordenador para confirmarem se estão dispostos a assumir
publicamente o ministério catequético. E serão lembrados ainda que,
para deixarem o ministério, deverão justificar-se ao coordenador, ao
padre, ao Conselho Pastoral e, publicamente, a toda a comunidade.
Finalmente,
os candidatos serão admitidos ao ministério catequético numa missa da
comunidade, que será previamente organizada junto com a Equipe de
Liturgia. A data pode ser o Dia do Catequista, ou outra que seja
significativa para os catequistas e a comunidade. Nesta cerimônia, na
qual se confere o ministério catequético e o envio, os novos catequistas
receberão um “documento” e farão a leitura de um termo de compromisso
com a Igreja de Jesus Cristo presente naquela comunidade. Os que já são
catequistas podem ser convidados para serem “padrinhos/madrinhas” dos
novos catequistas, aproveitando essa ocasião mais solene para renovarem
também seus compromissos no ministério catequético.
Estes
são alguns critérios e indicações para conferir o ministério catequético
aos novos catequistas os quais poderão ser aplicados integral ou
parcialmente e até ampliados conforme a realidade de cada comunidade.
Fonte: Pedra em Lapidação, Catequista em Formação.
Subsídio de formação do Regional Leste 2 (já esgotado).
01.02.2013
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