Olha nóis aqui travês! Chegamos a mais uma etapa da nossa série de publicações relacionadas aos Concílios realizados na Igreja Católica! No último polst aprendemos de forma resumida sobre os "Concílios Menievais" que você pode ler clicando AQUI! Então vamos lá, vamos aprender um pouco sobre os "Concílios da Reforma".
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3. Concílios da Reforma: A
Alta Idade Média trouxe o maior desafio para a fé católica, o surgimento
de conflitos sobre a autoridade papal e o começo do movimento
protestante. Nesse período temos quatro concílios, entre eles o concílio
de Trento, talvez o mais importante para a Igreja em todos os tempos.
Uns dos temas mais discutidos nesse período foi o próprio poder dos
concílios e se estes tinham autoridade maior do que o Papa. Esta questão
foi chamada de Conciliarismo.
a) Constança: tinha como tarefa unir a Igreja
do Ocidente, que se encontrava numa posição tão frágil que havia três
papas ao mesmo tempo, cada um deles afirmando-se o legítimo sucessor de
Pedro. Convocado pelo Papa João XXIII (este será deposto e considerado
ilegítimo, e seu nome será depois assumido no século XX por outro papa,
aquele que irá convocar o Vaticano II), o Concílio tinha que enfrentar o
cisma para evitar que a Igreja se fragmentasse ainda mais. Este
concílio trará as teses conciliaristas á tona, alegando que o próprio
Papa é sujeito ao Concílio. Constança ainda declarou heréticas as ideias
de Jan Hus, reformador sueco, e o condenou a morte. Este conturbado
Concílio destituiu ainda os outros dois pretensos papas e elegeu, com
cuidado, Martinho V. A última decisão conciliar foi aprovar a reunião da
igreja em concílios a cada cinco anos.
b) Basileia-Ferrara-Florença-Roma: foi o papa
Eugenio IV que convocou o concílio em Basileia, mas depois de um ano
tentou suprimi-lo. Entretanto, os bispo conciliares pressionaram o papa e
ele voltou atrás, acirrando a questão do poder do Concílio versus o
poder papal. A discussão passou pela relação entre a Igreja do Ocidente e
Oriente. Para resolver esta questão, Papa sugeriu a mudança do
concílio para Ferrara e depois para Florença. Alguns bispos permaneceram
na Basileia, e foram excomungados pelo papa. Em Florença a discussão
com a Igreja Oriental abordou questões litúrgicas e a antiga questão do
“filioque”. Estas questões somente aparentemente foram resolvidas, mas
pouco tempo depois tudo voltou a ser como antes e o cisma permaneceu. O
papa ainda transferiu o concílio para Roma onde o encerrou depois de
alguns anos de turbulência. Se Constança viu a vitória do conciliarismo,
em Basileia a força do papado centralizador voltou a ser hegemônica.
c) Latrão V: Julio II, o papa guerreiro,
reuniu-se em Latrão no começo do século XVI para reafirmar a força do
papado. Seu sucessor, Leão X. continuou o concílio com o ataque direto e
duro contra as teses conciliaristas, afirmando que o concílio só existe
com a presença e confirmação do Papa. Assuntos de disciplina
eclesiástica também entraram na pauta, mas estes seriam mesmo
enfrentados no próximo concílio, o de Trento. Latrão V entra na história
como o concílio que levantou sérios problemas mas que não os enfrentou.
Esta lacuna será fatídica, pois dela brota as críticas protestantes,
sobretudo nas teses de Martinho Lutero. Neste Concílio, pela primeira
vez, um bispo do “novo mundo”, da América, participou das discussões.
d) Trento: este é talvez o concílio mais
falado, conhecido e questionado até hoje. Por mais de 300 anos as
decisões de Trento moldaram a fé católica ao redor do mundo. Trento
nasce de um momento de fraqueza da Igreja, pretende responder ao
crescimento protestante e acaba por afirmar uma eclesiologia
centralizada e centralizadora. Foram temas de Trento os grandes
alicerces da Igreja: hierarquia, sacramentos, Tradição e Escrituras,
costumes, devoções, formação intelectual do clero, poder papal, etc. Ao
mesmo tempo em que defendia a Igreja naquele momento, Trento lançou as
bases do que seria o catolicismo até o século XX. Suas decisões práticas
ajudaram a reorganizar o modo de ser da Igreja, mas ao mesmo tempo,
suas decisões não acompanharam o movimento da sociedade e a Igreja foi
ficando a margem da História.
Fonte: Portal A12.
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Tudo que é bom dura pouco não é verdade! Então na próxima semana, a quarta e última parte "Concílios da Idade Moderna", clique AQUI para ler.
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