domingo, 21 de abril de 2019

O que é o Círio Pascal: Origem e Tradição


Olá pessoal do Blog! Eu tenho estado meio afastado daqui não é verdade?! Mas tenho estado bem presente nas nossas redes sociais!

Hoje fui na Missa, me alegrar com meus amigos e familiares pela Ressurreição de Cristo! E vendo nosso Círio Pascal (foto) me despertou o interesse de fazer esse post!

Então FELIZ PÁSCOA e vamos ler sobre o Círio Pascal?!...

* * * * *

O Círio Pascal é a grande vela acesa que simboliza o Senhor Ressuscitado. É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal, que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado. A palavra “círio” vem do latim “cereus”, de cera, o produto do labor das abelhas.

O uso do círio pascal é anterior ao século VI. O rito de acender o círio pascal nasceu de um costume diário dos cristãos. Sem eletricidade, o ato de acender a luminária, ao cair da noite, se tornara um rito familiar, que trazia alegria e segurança. O círio pascal representa Jesus que é a luz que ilumina a noite da humanidade.

No século VIII, era costume que a igreja permanecesse no escuro depois de terminada a celebração vespertina da Quinta-Feira da Paixão, até o Sábado. Não eram permitidas luzes de velas na igreja na Sexta-Feira da Paixão. Para conservar uma chama do fogo, uma lamparina permanecia guardada acesa num outro lugar que não fosse a igreja. A luz era trazida de volta para dentro da igreja no Sábado da Paixão à noite. Essa luz possibilitava a leitura dos textos bíblicos para a comunidade.

Somente mais tarde se tem notícia a respeito do costume de se fazer uma fogueira no Sábado da Paixão. Do fogo da lenha, pega-se o Fogo Novo que iluminará o novo tempo, o tempo pascal. O fogo é o símbolo do Espírito Santo. Ele é a força vital da Igreja.

O Círio Pascal é aceso na vigília Pascal como símbolo de Cristo – Luz. Ele é preparado na primeira parte da Vigília e aceso no Rito do Fogo Novo.

O Círio é aceso, no Fogo Novo, pelo diácono. A seguir, o diácono apresenta o círio para a comunidade, dizendo: A luz de Cristo, segue então uma procissão até o recinto da celebração. O círio vai na frente, levado pelo diácono, e a comunidade segue logo atrás. O recinto da celebração está totalmente no escuro. Antes de entrar nele, todos acendem suas velas no círio pascal.

O Círio Pascal é, desde os primeiros séculos, um dos símbolos mais expressivos da vigília, por isso ele traz uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.

As cinco chagas de Cristo:

1. A coroa de espinhos
2. O prego da mão direita
3. O prego da mão esquerda
4. O prego dos pés, e
5. O corte feito no lado direito do seu peito.

O Círio Pascal ficará aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do Tempo Pascal, ao lado do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes.

Uma vez concluído o Tempo Pascal, o Círio é dignamente conservado no batistério ou sacristia. Depois o Círio Pascal é usado durante os batismos e as exéquias, ou seja, no princípio e ao término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna. Na liturgia do batismo, a vela batismal é acesa no círio, antes de ser entregue aos recém batizados (ou pais e padrinhos). Também se acende o Círio nas celebrações dos Sacramentos da Eucaristia e Crisma, para renovação das promessas do batismo.

Não é usual que se use o Círio Pascal fora da Igreja, e antigamente, nem se permitiam réplicas dele. Hoje no entanto, em alguns momentos ele é usado para encontros e são feitas réplicas para a catequese nas pastorais e para que as famílias tenham em casa a lembrança do Cristo-Luz.

Fonte: Site Cleofas.

Nenhum comentário: